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No primeiro quadrimestre deste ano, o Ceará registrou 33% das mortes por INTERVENÇÃO POLICIAL do ano passado. De janeiro a abril deste ano, foram registradas 62 mortes. Ao longo de todo o
ano passado, o Estado teve 189 óbitos por força policial. Os dados são da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), consolidados pelo O POVO, nesta terça-feira, 27. O número
deste ano também representa uma redução na comparação com os primeiros quatro meses do ano passado, quando foi registrado apenas uma morte a mais. É + que streaming. É arte, cultura e
história. + filmes, séries e documentários + reportagens interativas + colunistas exclusivos Assine agora LEIA MAIS | Primeiro trimestre de 2025 no CE tem o menor número de homicídios desde
2019 Entre os municípios com registro das mortes, Fortaleza lidera o ranking de óbitos com sete casos, seguido de Itapipoca, com quatro ocorrências. Em seguida aparece Santana do Acaraú e
Amontada, com três mortes cada, entre outros municípios. Todas as vítimas eram homens com idades entre 15 a 48 anos. O número de mortes por intervenção policial no ano passado foi o maior
registro desde 2018, quando foram contabilizados 221 casos, representando ainda o aumento da quantidade de casos nesse cenário. Em 2023, foram 147 mortes, no ano anterior, foram 152, e, em
2021, o Estado registrou 125 mortes. Entre os casos, estão as mortes de cinco homens em março passado registradas em duas ocorrências distintas de intervenção policial de suspeitos de
praticar crimes. O primeiro caso foi registrado em Santana do Acaraú, município do Sertão de Sobral. Já a segunda ocorrência aconteceu em Cascavel, na Região Metropolitana de Fortaleza.
(RMF). No mês anterior, dois adolescentes de 17 anos foram mortos por forças policiais no município de Juazeiro do Norte, na região do Cariri cearense. Na ocorrência, eles teriam efetuado
disparos de arma de fogo contra uma equipe do havia atirado contra uma composição do Batalhão Especializado em Policiamento do Interior (Bepi). LEIA MAIS | Ceará registra pelo menos dez
homicídios em menos de 24 horas Um dos primeiros casos aconteceu em janeiro passado. Um adolescente suspeito de praticar assaltos na região do bairro Luciano Cavalcante, em Fortaleza, morreu
em intervenção policial. O suspeito teria assaltado um estabelecimento comercial na região. No crime, três outros adolescentes foram apreendidos pela Polícia Militar do Ceará (PMCE).
CONFIRA OS MUNICÍPIOS COM REGISTRO DE MORTES POR INTERVENÇÃO POLICIAL: Trairi Tianguá Tauá Tabuleiro do Norte Sobral São Gonçalo do Amarante Santana do Acaraú Reriutaba Mulungu Morrinhos
Miraíma Milhã Massapê Marco Maranguape Juazeiro do Norte Jardim Itarema Itapipoca Iguatu Ibicuitinga Horizonte Guaraciaba do Norte Guaiúba Groaíras Fortaleza Forquilha Farias Brito Caucaia
Canindé Boa Viagem Barbalha Arneiroz Aracati Amontada Acaraú ESTADO TEM A QUINTA MAIOR TAXA DE HOMICÍDIO DO PAÍS, APONTA LEVANTAMENTO Além das mortes decorrentes de intervenções policiais,
outro dado preocupante refere-se aos Crimes Violentos Letais e Intencionais (CVLIs). O Ceará apresentou a QUINTA MAIOR TAXA de homicídios entre jovens de 15 a 29 anos, alcançando 72,8%.
Conforme o levantamento do Atlas da Violência 2025, divulgado no dia 12 de maio, o percentual supera a taxa nacional de 45,1%. Mesmo com a redução de 1% em relação a 2022, as taxas
permanecem elevadas e adolescentes e jovens sendo os principais alvos da violência letal. LEIA MAIS | Homicídios caem 33,1% no Ceará em 11 anos, aponta Atlas da Violência Segundo o
monitoramento do Centro de Defesa da Criança e do Adolescente do Ceará (Cedeca), a partir dos dados da Secretaria da Defesa Pública e Segurança Social do Estado do Ceará (SSPDS), 51% dos
homicídios registrados em 2024 foram de crianças e jovens, considerando as idades de 0 a 29 anos. Entre os casos com dados de raça e cor informados no levantamento, a maioria das vítimas era
negra, com o percentual de 35%. Ainda segundo o Cedeca, considerando os dados deste ano, até o mês de abril de 2025, três crianças de 0 a 11 anos e 89 adolescentes entre 12 e 18 anos foram
assassinados. Em quatro meses, o total de 92 crianças e adolescentes foram vítimas de violência letal no Estado.