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No último sábado, 31, todas as deputadas da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) receberam e-mails contendo ameaças de morte e de estupro, além de injúrias raciais e
conteúdo capacitista. Em nota conjunta, as parlamentares disseram que não serão silenciadas. Parte das parlamentares da Alesp já havia sofrido ameaças similares, porém, segundo a nota, esta
é a primeira vez que um ataque é direcionado a todas as mulheres da Casa. Segundo o texto, além das ameaças às mulheres da Assembleia, algumas mensagens ainda citavam algumas deputadas
individualmente pelo nome. É + que streaming. É arte, cultura e história. + filmes, séries e documentários + reportagens interativas + colunistas exclusivos Assine agora "Trata-se de
uma nítida tentativa de silenciar mulheres em um ataque misógino, racista e capacitista em uma situação que, embora nos cause choque, infelizmente, é mais uma expressão de ódio e de
violência a mulheres que buscam ocupar espaços de poder na política de nosso país", disseram as deputadas. "O e-mail é um ataque claro ao direito de mulheres exercerem seus espaços
de poder na política institucional, um espaço já tão reduzido na Alesp, onde somos 24 em 94 deputados", disse a deputada estadual Andréa Werner (PSB). A Alesp afirmou que se solidariza
com as deputadas estaduais. "Nenhuma agressão pode ser tolerada. Por determinação da presidência, as Polícias Civil e Militar foram acionadas e investigam o caso", disse o
presidente da Casa, deputado André do Prado (PL). A União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais (Unale) repudiou as ameaças de morte e estupro enviadas por e-mail às deputadas.
"A Unale se solidariza com as deputadas da Alesp e com todas as mulheres que enfrentam violência política de gênero. Colocamo-nos à disposição para colaborar com as investigações e para
apoiar iniciativas que visem combater e prevenir esse tipo de violência, promovendo um ambiente político mais seguro e inclusivo para todas e todos." POLÍCIA CIVIL JÁ IDENTIFICOU O
SUSPEITO O caso foi registrado como ameaça, injúria racial e falsa identidade pela assessoria da Polícia Civil junto à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. A Secretaria de
Segurança Pública (SSP) do Estado informou que a ocorrência já está sendo investigada. "Nesta segunda-feira, 2, foram realizadas diligências que resultaram na apreensão de um computador
e um telefone celular na residência de um homem de 28 anos, que é investigado", disse a Secretaria. Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente TAGS
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