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Os preços dos ovos de Páscoa subiram, em média, de 13% a 18% no Brasil em 2023, na comparação com 2022, segundo levantamento da Associação Brasileira dos Supermercados (ABRAS). Mas quem
conferiu os preços nos supermercados já deve ter percebido que, em alguns casos, os ovos de chocolate sofreram um reajuste bem maior do que este índice médio divulgado pela ABRAS. A empresa
de inteligência de mercado Horus contabilizou essa diferença em supermercados de todo o Brasil e descobriu aumentos de até 35% dos preços, em comparação com o ano passado. Houve altas em
todas as marcas e, agora, opções tradicionais podem passar de R$ 100. Confira os aumentos: OVOS DE 100G ATÉ 250G ARCOR: de R$ 30,17 para R$ 34,26 (aumento de 13,5%); FERRERO ROCHER: de R$
72,99 para R$ 78,12 (7%); KINDER: de R$ 71,32 para R$ 83,51 (17,1%); KIT KAT: de R$ 43,05 para R$ 49,28 (14,5%); LACTA: de R$ 46,27 para R$ 58,57 (26,6%); NESTLÉ: de R$ 43,84 para R$ 46,17
(5,3%); PRESTÍGIO: de R$ 41,30 para R$ 47,10 (14%). OVOS DE 250G ATÉ 350G ALPINO: de de R$ 51,58 para R$ 55,72 (8%); BIS: de R$ 43,58 para R$ 57,34 (31,6%); DIAMANTE NEGRO: de R$ 44,11 para
R$ 59,34 (34,5%); KIT KAT: de R$ 51,53 para R$ 55,22 (7,1%); LACTA: de R$ 42,65 para R$ 57,56 (35%); TALENTO: de R$ 51,23 para R$ 57,02 (11,3%). OVOS DE 350G ATÉ 500G FERRERO COLLECTION: de
R$ 97,38 para R$ 108,56 (11,5%); FERRERO ROCHER: de R$ 97,48 para R$ 114,80 (17,8%); LACTA: de R$ 53,82 para R$ 72,50 (34,7%). O reajuste nos preços dos ovos de Páscoa ocorreu por causa do
repasse dos custos de produção e da alta dos insumos. No acumulado dos últimos 12 meses, os chocolates em geral ficaram 13,9% mais caros, lembra a Confederação Nacional do Comércio de Bens,
Serviços e Turismo (CNC). Mesmo com os preços mais altos, os supermercados estimam um aumento de 15% no consumo de chocolates na Páscoa deste ano, na comparação com 2022. Mas as compras
devem ser feitas de última hora. Segundo a ABRAS, 50% das pessoas costumam comprar esses produtos na semana que antecede a Páscoa, sendo que 20% compram no sábado, véspera do feriado. No
entanto, mais da metade das vendas de chocolates nos supermercados não deve ser de ovos tradicionais. A ABRAS estima que as caixas de bombons vão representar 26,7% do volume de vendas,
enquanto os mini-ovos, coelhos e barras devem representar 25,1%. Mas além do chocolate, o varejo também pretende faturar alto com outros produtos relacionados à Páscoa, como o bacalhau, por
exemplo. Esta movimentação deve chegar a R$ 2,49 milhões, estima a CNC. O valor é 2,8% maior do que o apurado em 2022, já descontada a inflação. Só em Minas Gerais, espera-se que R$ 273
milhões sejam movimentados. Segundo a associação que representa os supermercados, os produtos com maior aumento de vendas na Páscoa deste ano, na comparação a 2022, devem ser os peixes em
geral, com alta de 19,6%; bacalhau (+18,9%); ovos de galinha (+17,3%); batata (+15,4%); azeitona (+14,4%); e azeite (+14,3%). Nas bebidas, o consumo na Páscoa deve ser puxado pela cerveja
(+23,7%), vinho importado (+20,6%), suco (+19,3%), refrigerante (+18,7%) e vinho nacional (+17,7%). (*COM ALEXANDRE NASCIMENTO)