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O PSDB mineiro divulgou ontem à noite uma carta endereçada à presidente Dilma Rousseff em que questiona 13 posições do governo federal que teriam prejudicado Minas Gerais. O documento,
assinado pelos presidentes do partido em âmbito estadual, deputado federal Marcus Pestana, e municipal, deputado estadual João Leite, é uma resposta às críticas que a presidente Dilma fez ao
PSDB e ao senador tucano Aécio Neves, durante comício realizado ontem em favor do candidato a prefeito Patrus Ananias (PT). No documento, o PSDB questiona os motivos pelos quais o governo
federal não enviou ao Congresso o novo marco regulatório da atividade mineral. A não-concessão de benefícios fiscais para Minas nos mesmos moldes que foram autorizados para Pernambuco, o que
culminou com a instalação de uma nova fábrica da Fiat naquele Estado, também foi questionada pelos tucanos. O veto à emenda que concederia os mesmos benefícios direcionados ao Nordeste para
a região mineira da Sudene, a transferência do polo acrílico da Petrobras, que seria implantado na região metropolitana de Belo Horizonte, para a Bahia, a não-expansão do metrô, a
não-realização das obras do Anel Rodoviário e da BR–381 são também mencionados. O documento ainda lembra que dos 39 ministros de Dilma, apenas um tem elo com Minas Gerais, enquanto nove são
ligados ao Rio Grande do Sul. Já o senador Aécio Neves, em nota, afirmou que “é lamentável ver que, até hoje, a presidente Dilma precisa gastar a maior parte do seu tempo tentando convencer
os mineiros de que ela é mineira de fato”. Ele ainda lembra que ser mineiro vai muito além da certidão de nascimento. “É preciso ter uma alma generosa e compromisso verdadeiro com o Estado”.
Ele termina a nota lembrando uma frase de Lula: “A gente tem uma gaúcha governando esse país”. SEM MUDANÇA. Já o prefeito Marcio Lacerda (PSDB) não se manifestou após o comício de Patrus e
Dilma. Antes do evento, ele afirmou que a presença da presidente na cidade não altera o cenário eleitoral. “Se não influenciou até agora, com tantas aparições na TV, um comício a mais não
vai mudar nada”, afirmou. Lacerda evitou ataques à presidente e preferiu criticar o governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB). 'Com as privatizações, o FHC destruiu as empresas
nacionais. Deixei de ser empresário porque vi que a política entreguista ia acabar com a indústria nacional”.