Reestruturação do banco do brasil pode precarizar as condições de trabalho - século diário

Reestruturação do banco do brasil pode precarizar as condições de trabalho - século diário

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O Banco do Brasil anunciou, neste domingo (20), o fechamento de 402 agências e a transformação de outras 379 em postos de atendimento. No Estado a medida afetará quatro agências – Moscoso e


Rio Branco, em Vitória, que serão fechadas, e as agências Expedito Garcia, em Cariacica, e Jardim Limoeiro, na Serra, que serão transformadas em postos de atendimentos – em uma ação que é


considerada pelo Sindicato dos Bancários do Estado (Sindibancários-ES) como o desmonte da instituição. Além do fechamento de agências, as medidas incluem Plano Extraordinário de


Aposentadoria Incentivada (PEAI), que pretende atingir 18 mil empregados, e o encerramento de 31 superintendências regionais. A entidade ressalta que as medidas foram implementadas sem


debate prévio com o corpo funcional. O Sindibancários aponta que o mercado e a imprensa foram comunicados antes da intervenção, o que surpreendeu as entidades representativas dos bancários.


No dia 1 de dezembro será realizada pelo Sindibancários uma plenária para discutir a proposta de desmonte com os empregados do Banco do Brasil. A recomendação é que os bancários da


instituição aguardem até o dia da plenária para decidirem sobre a adesão ao plano. O sindicato também ressalta que a estratégia do banco é focar nas ferramentas de atendimento digital, que


começaram a ser implantadas em 2014, com foco nos clientes de alta renda. No entanto, para os bancários, este modelo representa sobrecarga de trabalho, desrespeito à jornada de trabalho e


aumento de pressão para cumprimento de metas. O trabalho no BB Digital – que tem atendimento feito por telefone ou online – inclui os bancários em condições de trabalho semelhantes às do


telemarketing, que garante ao empregado o direito de dois intervalos de 10 minutos contínuos, após a primeira e antes da última hora trabalhada. Além disso, o bancário passa a ser monitorado


durante todo o expediente pelo gestor, que pode acessar a tela de trabalho do empregado e controlar, via software, o tempo gasta em cada ação, como leitura de e-mails e circulares.