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à margem de uma conferência hoje organizada em lisboa pela antena 1 e pelo diário económico, bagão félix disse que “o plano b [do governo] já se sabe qual é: é um défice de 4,5% em 2014”,
considerando que os credores internacionais vão aceitar “como têm aceitado sempre” o alargamento da meta do défice. já na sua intervenção na conferência, bagão félix criticou o facto de o
actual programa de ajustamento ser resultado de “o estado português ter sido sujeito a uma disciplina orçamental que, à partida, todos deviam considerar que era uma ficção”. o economista
recordou que, em 2011, quando o programa de ajustamento foi desenhado, previa-se que o défice orçamental em 2013 fosse de 3%, valor que foi depois dilatado para os 4,5% e para os 5,5% e que
será próximo dos 6%. para bagão félix, “tomaram-se uma série de medidas para um conjunto de objectivos que prejudicaram o produto”, não tendo sido cumpridos os objectivos iniciais. além
disso, bagão félix entende que “a variável tempo teria sido muito mais importante e foi muito negligenciada”. o antigo governante falou ainda do desemprego e apresentou estimativas do custo
do desemprego em portugal, considerando apenas a despesa com prestações sociais. bagão félix comparou a taxa de desemprego actual, de cerca de 17%, com a anterior ao programa, de cerca de
7%, e concluiu que o país está a perder cerca de 3.900 milhões de euros entre perda de receita e aumento da despesa com prestações sociais. “como é que podemos fazer a consolidação desta
maneira?”, interrogou. lusa/sol