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AQUELA IDEIA DE QUE UMA "BABY" É NOVINHA E UM "DADDY" BEIRA OS 60 JÁ NÃO É REGRA. O "daddy" da empresária e terapeuta tântrica Talita Gois, 35, tem 33. Ela
conta que eles se apaixonaram e que pretendem casar. Eles têm um namoro monogâmico com acordos, inclusive uma planilha com os gastos mensais dela (moradia num bairro de alto padrão de São
Paulo, lazer, beleza, entre outros), que ele banca. Hoje, o Excel de Talita é de R$ 30 mil --o lucro de sua empresa vira investimento. Talita diz que é uma baby "experiente", o que
considera fruto de bastante trabalho. Ainda assim, ressalta que não vê o universo "sugar" como carreira, mas como um relacionamento. Para mim, não é um negócio. Amo meu namorado e
ele me ama. Ele sabe o valor que eu tenho, por isso faz essas coisas para mim. Trabalho e ganho meu dinheiro. Não tenho nada de fútil. Divorciada, deixou um condomínio luxuoso no litoral
paulista para trás e voltou para Itaquera, na periferia da capital. Fez pães de mel para vender nas ruas, até que descobriu o mundo "sugar". Fez então a lição de casa: pesquisou
tudo o que podia interessar a homens mais velhos e bem-sucedidos, estudou vinhos e aprendeu a etiqueta de lugares mais refinados. Isso já faz sete anos. O PRIMEIRO "DADDY" LHE DEU
UM FOGÃO INDUSTRIAL para aumentar a produção dos doces, relata. Também foi ele, um engenheiro, quem sugeriu a planilha. Na pandemia, lembra, ele perguntou o que ela queria fazer. "Já
havia feito o curso de massagem tântrica e queria me aventurar por essa área. Ele me tirou de Itaquera, alugou uma casa para mim e abriu minha empresa." Segundo Talita, não tinha nem
sexo nem beijo com o primeiro "daddy". "Ele queria minha companhia", diz. Depois dele, vieram outros —com eles, sim, era namoro, não amizade. Um namoro com viagens,
smartphones, carros de luxo e contas pagas. Tudo ia bem até que Talita teve um "daddy" abusivo. Ela conta que eles ficaram juntos por oito meses, mas ele passou a controlar aonde
ela ia, o que vestiria. "Tudo isso só porque me bancava."