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PESQUISA TROUXE GRANDE QUANTIDADE DE INFORMAÇÃO NOVA SOBRE A POPULAÇÃO BRASILEIRA; VALOR SEPAROU ALGUNS TEMAS RELEVANTES O CENSO DEMOGRÁFICO 2022 foi divulgado nesta quarta-feira (28) pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com muitos novos dados sobre a POPULAÇÃO brasileira. Do seu tamanho e ritmo de crescimento às cidades que mais crescem ou perdem
habitantes: há uma enorme quantidade de informação nova. Confira a seguir um resumo com dez pontos principais: 1) TAMANHO DA POPULAÇÃO A população brasileira era de 203.062.512 pessoas em
2022. O número indica um crescimento de 6,5% frente a 2010, ano do último Censo, que era de 190.755.799 (12,3 milhões a mais). Mas está abaixo tanto da projeção populacional feita em 2021
(213,3 milhões) como também da prévia do Censo 2022, divulgada em dezembro (207,8 milhões), ambos dados do próprio IBGE. 2) CRESCIMENTO MÉDIO ANUAL DA POPULAÇÃO O ritmo anual de crescimento
da população entre 2010 e 2022 foi de 0,52%. É a menor taxa em 150 anos, desde o primeiro Censo, em 1872, ainda no Brasil Império. A taxa também é menos da metade da registrada na década
anterior, entre 2000 e 2010, quando a população cresceu 1,17% em média por ano. 3) REGIÃO QUE MAIS CRESCE O Centro-Oeste é a região brasileira com maior crescimento médio anual de sua
população entre 2010 e 2022. O ritmo foi de 1,23%, mais que o dobro da média brasileira (0,52%). Ao lado do Norte (0,75%) e do Sul (0,74%), são as três regiões com expansão acima da média
nacional. Nordeste (0,24%) e Sudeste (0,45%), por sua vez, tiveram crescimento inferior. 4) REGIÃO MAIS POPULOSA A região Sudeste é a região mais populosa do país, com 84,8 milhões de
habitantes, o que representa 41,8% da população do país. Já o Centro-Oeste, apesar de ser a de maior ritmo de crescimento, é a menos populosa, com 16,3 milhões de habitantes, ou 8% do total.
5) NÚMERO DE DOMICÍLIOS O número de domicílios particulares – onde moram pessoas – passou de 67,5 milhões em 2010 para 90,7 milhões em 2022, uma alta de 34%. 6) NÚMERO MÉDIO DE PESSOAS NO
DOMICÍLIO O Brasil já tem uma média de menos de três pessoas vivendo por domicílio. O número, que era de 3,31 em 2010, caiu para 2,79 em 2022. 7) CONCENTRAÇÕES URBANAS A maioria da população
brasileira - 124,1 milhões de pessoas ou 61,1% do total – vive nas grandes concentrações urbanas, em que há mais de 100 mil habitantes. Por outro lado, quase metade (44,8%) dos municípios
tinham até dez mil habitantes, embora respondessem por apenas 6,3% da população, ou 12,8 milhões de habitantes. 8) QUEM MAIS GANHOU E QUEM MAIS PERDEU POPULAÇÃO A cidade de Canaã dos
Carajás, no Pará, foi a que registrou o maior ritmo de crescimento de sua população entre 2010 e 2022. O número quase triplicou, de 26.716 em 2010 para 77.079 em 2022. O município abriga a
mina de ferro de S11D, maior investimento da Vale nos últimos anos. Em contrapartida, a cidade de Catarina, no sertão do Ceará, foi a que teve a maior redução de sua população entre os
Censos de 2010 e 2022. Sua população, que era de 18.705 em 2010, caiu quase pela metade em 12 anos, para 10.243. 9) MAIOR E MENOR CIDADE DO BRASIL São Paulo foi confirmada mais uma vez como
a mais populosa entre as 5.570 cidades brasileiras. O município tinha 11,45 milhões de habitantes em 2022, quase 200 mil a mais do que os 11,25 milhões de 2010. O Rio de Janeiro vem em
segundo lugar, com 6,21 milhões de habitantes, 109 mil a menos que os 6,32 milhões de 2010. Em contrapartida, Serra da Saudade, em Minas Gerais, é a que tem a menor população, de menos de 1
mil habitantes. A cidade mineira tinha, em 2022, apenas 833 moradores, 18 a mais que os 815 de 2010. Localizada a 230 quilômetros de Belo Horizonte, Serra da Saudade foi emancipada nos anos
60 do município de Dores do Indaiá. 10) CIDADES GRANDES PERDEM POPULAÇÃO Das dez maiores cidades brasileiras, cinco perderam população entre 2010 e 2022: Salvador (-9,6%), Recife (-3,2%),
Belo Horizonte (-2,5%), Rio de Janeiro (-1,7%) e Fortaleza (-1,0%). Os números do Censo mostraram uma tendência clara de perda de população dos municípios mais populosos – inclusive aqueles
que são centros de grandes concentrações urbanas – ou de ritmo menor de crescimento. Cidade mais populosa do país, São Paulo ainda registrou crescimento (1,8%), para 11,4 milhões de pessoas,
mas em velocidade menor que o de municípios de seu entorno