Veja quanto custaria em 2023 um carro popular de uma década atrás

Veja quanto custaria em 2023 um carro popular de uma década atrás

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OS PREÇOS DOS CARROS DE ENTRADA MAIS VENDIDOS EM 2013 FORAM ATUALIZADOS PELO IPCA PARA COMPARÁ-LOS COM OS VALORES ATUAIS PRATICADOS PELAS MONTADORAS NO BRASIL O governo federal tem discutido


com a INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA um programa de incentivo para que os CARROS fiquem mais baratos no BRASIL. LEIA MAIS: * PREÇO DE CARRO NOVO SOBE MAIS QUE INFLAÇÃO * OPINIÃO: RESSUSCITAR


CARRO POPULAR É PERDA DE TEMPO E DINHEIRO * BRUNO CARAZZA: GOVERNO E MONTADORAS, UMA HISTÓRIA DE AMOR * A RELAÇÃO DA VOLKSWAGEN, PORSCHE E BMW COM O NAZISMO DE HITLER A expectativa é que o


programa para promover a volta do “CARRO POPULAR” seja anunciado próxima quinta-feira (25), data em que é celebrado o DIA DA INDÚSTRIA, pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio


e Serviços, o vice-presidente Geraldo Alckmin. O programa carro popular, que lançou o FUSCA, foi uma das marcas do governo de Itamar Franco (1992-1995) e voltou à discussão neste ano diante


dos altos preços e das dificuldades do mercado. Desde 2020, as vendas de veículos estão estagnadas em cerca de 2 milhões de unidades por ano e, segundo previsões, a situação não deve mudar


muito em 2023. Juros altos e outras restrições ao crédito dificultam a retomada do setor, que aguarda uma recuperação nas vendas desde o fim da pandemia de covid-19. No entanto, os preços


também não ajudam a atrair novos consumidores. O VALOR atualizou pelo IPCA os preços dos carros de entrada mais vendidos em 2013 para compará-los com os valores atuais praticados pelas


montadoras no Brasil. CAMPEÕES DE VENDAS EM 2013 A Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (FENABRAVE) divulga anualmente os campeões de vendas por categorias. Em 2013, os


carros de entrada – ou populares – mais comercializados foram os seguintes: * Volkswagen Gol – 255.057 unidades * Fiat Uno – 184.362 * Fiat Palio – 177.014 * GM-Chevrolet Celta – 74.674 *


Toyota Etios – 34.801 Em maio de 2013, mês usado como referência, os preços médios de venda de unidades zero-quilômetro dos modelos de entrada desses veículos variavam de R$ 23,3 mil a R$


30,6 mil. Corrigidos pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) até abril deste ano, os valores ficariam entre R$ 42 mil e R$ 55,1 mil. Carros mais vendidos de 2013 Modelo Preço médio


em 2013 Preço corrigido pelo IPCA Volkswagen Gol R$ 29.956,00 R$ 53.947,47 Fiat Uno R$ 23.360,00 R$ 42.068,80 Fiat Palio R$ 30.589,00 R$ 55.087,43 GM-Chevrolet Celta R$ 24.204,00 R$


43.588,75 Toyota Etios R$ 30.601,00 R$ 55.109,04 Fonte: Fenabrave e Fipe deslize para ver o conteúdo Atualmente, o posto de veículo mais em conta vendido no país é dividido entre Fiat Mobi e


Renault Kwid, que partem de R$ 68.990. Todos os campeões de venda em 2013 já saíram de linha no Brasil, sendo o ultimo deles o Volkwagen Gol, no final do ano passado. Nas conversas com a


indústria, a ideia do governo é buscar um modelo que custe entre R$ 45 mil e R$ 50 mil. CARROS DE HOJE SÃO MUITO DIFERENTES DOS DE 2013 Há grandes diferenças, porém, entre os carros


produzidos atualmente e os vendidos há dez anos. Desde 2013, por exemplo, todos os veículos novos têm que ser equipados com airbag e freios ABS. Simulações feitas pela Associação Nacional


dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) mostram que o Fusca Popular, lançado por Itamar, custaria hoje cerca de R$ 80 mil, apesar de não contar com vários itens de segurança e


confortos presentes nos carros mais modernos. > “Estamos falando de um tipo de veículo que, na época, não tinha > sequer o retrovisor do lado direito, apenas o do motorista. Hoje os


> carros têm itens (obrigatórios) como airbag e freios ABS”, > afirmou o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Lei, sobre as > simulações feitas para lançar novos modelos populares.


Outros itens deverão ser incorporados nos próximos anos, o que pode elevar ainda mais os preços. Como parte do Projeto Rota 2030, lançado pelo governo federal em 2019, as montadoras terão


que adicionar itens tais como: * Proteção de impacto ao pedestre; * Câmera de ré ou sensor sonoro; * Alerta de cinto de segurança solto; * Luzes de rodagem diurna; * Alerta de colisão nos


veículos novos. Muitos desses componentes são importados, o que justifica em parte a elevação dos preços. Além disso, a oferta de alguns itens, como semicondutores, despencou devido a


problemas de produção relacionados à pandemia que ainda não foram totalmente resolvidos. Em discurso na última terça-feira, Alckmin afirmou que o governo prepara “boas notícias para a


indústria”, mas não deu detalhes sobre que medidas serão anunciadas. Nos bastidores, o governo indica que deve reduzir a carga tributária para incentivar a venda de carros populares.