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CLUBE PAULISTA DEVE MAIS DE R$ 600 MILHÕES À CAIXA PELA CONSTRUÇÃO DA NEO QUÍMICA ARENA O CORINTHIANS quer quitar sua dívida com a CAIXA ECONÔMICA FEDERAL pelo financiamento da NEO QUÍMICA
ARENA, estádio do clube. Uma proposta foi enviada à instituição bancária na última sexta-feira (17), envolvendo a compra de precatórios e o repasse dos lucros dos naming rights do estádio.
No último domingo, o presidente da Caixa, Carlos Vieira, esteve na Neo Química Arena e posou ao lado do presidente do clube paulista, Duílio Monteiro Alves. No X (ex-Twitter), o clube
divulgou o encontro e disse que serviu para "reforçar a parceria entre as partes". O Corinthians busca acabar com os juros do financiamento do estádio. Só em 2023, o clube repassou
cerca de R$ 100 milhões à Caixa e deveria arcar com valor semelhante em 2024 — tudo em juros. Em julho do ano passado, um novo parcelamento fez a dívida subir de R$ 400 milhões para R$ 611
milhões, com prestações até 2041. Inaugurado em 2014, o estádio do Corinthians tem capacidade para 49 mil lugares e é o 13º maior estádio do Brasil. Foi construído ao longo de três anos pela
Odebrecht e, com custo inicial previsto para R$ 820 milhões, chegou ao montante de R$ 1,2 BILHÃO no fim das obras. LEIA MAIS: * SAM ALTMAN NÃO RETORNA À OPENAI E É CONTRATADO PELA MICROSOFT
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Na proposta, detalhada pelo ge, o Corinthians quer assumir precatórios da Caixa e pagar a outra parte da dívida com o que recebe de naming rights. Em suma, o clube quer trocar a dívida da
Arena por outras dívidas, mas com a diferença de que a compra dos precatórios é feita com um grande desconto — ou seja, no fim do dia, o clube segue devendo, mas um valor menor. A proposta
do Corinthians inclui também os valores recebidos pelos naming rights da Arena. Os pagamentos da Hypera Pharma para que o estádio leve o nome da Neo Química iriam, nesse contexto,
diretamente para uma conta da Caixa, sem passar pelo clube. O valor corrigido desse acordo é de R$ 17,8 milhões por ano. O valor do desconto nos precatórios proposto pelo clube à Caixa,
porém, é mantido em sigilo, assim como de quanto será a nova dívida. De qualquer forma, a expectativa da diretoria é que, com a renegociação, o clube possa acabar com a dívida em cerca de
oito anos.