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EXPORTADORAS TAMBÉM BRILHAM; AÇÃO DA VALE SEGUE NA LIDERANÇA, SEGUIDA POR GERDAU O setor financeiro voltou a ganhar força na Carteira Valor para o mês de maio. Ao todo, são quatro
representantes do segmento agora. Segundo especialistas, há diferentes motivos para essas escolhas. A primeira é a resiliência que o segmento traz à carteira, já que é composto por ações que
oscilam menos em momentos de tensão e garantem certa estabilidade. Além disso, há uma perspectiva de que os bancos devem ter provisões menores ao longo deste ano. Os analistas também
destacam a possibilidade de aumento dos lucros deles e da bolsa em 2021, especialmente devido à recuperação econômica. Além do setor financeiro, as exportadoras de commodities também
estiveram presentes nas indicações. A explicação, nesses casos, vem principalmente da retomada econômica em países como China e Estados Unidos, para onde essas companhias costumam exportar.
Por fim, empresas bem posicionadas para captar uma recuperação local, vinda especialmente com o avanço da vacinação, completam a seleção. A mineradora Vale segue na liderança com dez
indicações e o segundo lugar continua com a siderúrgica Gerdau, apontada sete vezes. Em terceiro lugar aparece a Petrobras, com seis indicações. Representando o segmento financeiro, B3 e
Itaú Unibanco continuam na seleção, indicadas por cinco e três casas, respectivamente. As novidades para maio ficam por conta de Bradesco, apontado cinco vezes, e BTG Pctual, com quatro
indicações. Outras novidades na seleção para este mês foram as indicações de Lojas Renner, da locadora de veículos Localiza e da construtora Cyrela, todas apontadas por três corretoras. Das
indicações de abril, quem deixou de fazer parte da lista foram os papéis de Via Varejo, WEG, JBS, Petro Rio e Totvs. A Carteira Valor reúne as dez ações mais indicadas pelas corretoras
participantes. Ao todo, são 21 casas que escolhem cinco papéis que elas acreditam que vão se valorizar no mês. Compõem a Carteira Valor as corretoras: Ativa, Ágora, Banco do Brasil, Banco
Inter, CM Capital, Easynvest, Elite, Genial, Guide, Mirae, Modalmais, MyCap, Necton, Nova Futura, Órama, Planner, Santander, Singulare (antiga Socopa), Safra, Terra e XP Investimentos. A
Carteira Valor registrou alta de 1,72% em abril, quando acumulava alta de 56,54% em 12 meses. Enquanto isso, o Ibovespa teve 1,94% de alta no mês e fechou os últimos 12 meses com ganho
acumulado de 47,68%. Para Alexandre Marques Filho, da Elite Investimentos, a postura conservadora e de controle de despesas do Bradesco justificam a escolha das ações do banco. “O recente
aumento da Selic juntamente com a manutenção dos quadros de inadimplência pode se traduzir em bons resultados para os bancos através da redução dos provisionamentos para devedores duvidosos
(PDDs) e simultaneamente maiores ganhos nas margens financeiras em tesouraria”, afirma o analista. Para ele, o Bradesco é o melhor posicionado para capturar esse cenário de provisões
menores. No caso de BTG Pactual, a outra novidade do setor financeiro, Álvaro Bandeira, do Modalmais, diz que o banco “tem grande dinâmica em suas operações, com eficiente administração, e
atuação destacada na gestão de ativos”. Segundo Bandeira, o banco está “na vanguarda das mudanças no sistema financeiro” e retomando bons retornos sobre o patrimônio. “Portanto, com bom
potencial de valorização”, diz. Para José Falcão Castro, analista da Easynvest, uma das justificativas para a escolha de Itaú Unibanco é a qualidade da sua gestão, que é alinhada aos
interesses dos acionistas. Segundo o analista, é consenso no mercado que os quatro maiores bancos do país poderão ter uma alta combinada de 25% no lucro em 2021, considerando uma queda nas
provisões para devedores duvidosos no período, e o Itaú seria um dos mais bem posicionados para ter ganhos com isso. “Essa tendência já foi observada nos últimos trimestres de 2020 com
resultados impulsionados pela redução das provisões e que deve continuar nos próximos trimestres. O Itaú, banco que foi o mais conservador e fez mais provisões em 2020, deve apresentar uma
boa recuperação neste ano”, afirma. Já a ação da B3, segundo Castro, vem se beneficiando do momento positivo para a renda variável. Isso porque, com os juros baixos (que diminuem a
rentabilidade de muitos investimentos em renda fixa), muitos investidores buscaram diversificar suas carteiras na bolsa de valores. Como a B3 é a única bolsa do Brasil, a medida em que
aumentam tanto o número de investidores cadastrados nela como o volume de negociações, sua receita tende a aumentar. valorinveste.com Confira as recomendações de cada corretora para a
Carteira Valor HTTPS://VALOR.GLOBO.COM/VALORDATA/CARTEIRA-VALOR/