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A Santa Sé promove nesta quinta-feira (10) um encontro em modalidade on-line sobre uma das crises humanitárias mais graves das últimas décadas que aflige hoje as populações da Síria, Iraque
e países vizinhos. Na abertura do evento, uma mensagem em vídeo do Papa Francisco sobre atuação das organizações católicas naquela região e um apelo à comunidade internacional sobre a
situação dos deslocados e refugiados: "todo esforço - grande ou pequeno - feito para promover o processo de paz é como colocar um tijolo na construção de uma sociedade justa, que se
abra ao acolhimento, e onde todos possam encontrar um lugar para morar em paz". ANDRESSA COLLET – VATICAN NEWS Ouça a reportagem e compartilhe Leia também 09/12/2020 Um encontro
promovida pelo Dicastério para a Promoção do Desenvolvimento Humano Integral sobre a situação nos dois países do Oriente Médio, será realizada na modalidade online ... O Papa Francisco foi
quem abriu os trabalhos de um encontro on-line sobre a crise humanitária na Síria e no Iraque, promovido nesta quinta-feira (10) pelo Dicastério para a Promoção do Desenvolvimento Humano
Integral da Santa Sé. O conflito nos dois países do Oriente Médio tem gerado milhões de deslocados internos e de famílias que precisam de assistência humanitária. Em mensagem em vídeo, o
Pontífice saudou os participantes do evento provenientes de 50 organizações católicas de caridade, além de representantes dos episcopados locais, instituições eclesiais, congregações
religiosas e núncios apostólicos da região. Em seguida, procurou distinguir três pontos para análise sobre uma das crises humanitárias mais graves das últimas décadas. Francisco mencionou a
difícil situação dos deslocados pela guerra, em particular, os cristãos; fez um apelo à comunidade internacional em favor dos refugiados e encorajou ainda mais a atuação das organizações
católicas. Em evidência Veja a mensagem do Papa para o evento, em língua italiana OS DESLOCADOS PELA GUERRA O Papa, então, iniciou dando a sua contribuição para a reflexão dos graves
problemas que afligem hoje as populações da Síria, do Iraque e países vizinhos, através do fenômeno dos deslocados: > “Todo esforço - grande ou pequeno - feito para promover o >
processo de paz é como colocar um tijolo na construção de uma > sociedade justa, que se abra ao acolhimento, e onde todos possam > encontrar um lugar para morar em paz.” _"O meu
pensamento vai especialmente às pessoas que tiveram que deixar as próprias casas para escapar dos horrores da guerra, em busca de melhores condições de vida para si e para os próprios
familiares. Em particular, recordo os cristãos forçados a abandonar os lugares onde nasceram e cresceram, onde a fé foi desenvolvida e enriquecida. É preciso garantir que a presença cristã,
nestas terras, continue a ser o que sempre foi: um sinal de paz, de progresso, de desenvolvimento e de reconciliação entre as pessoas e os povos.”_ O APELO À COMUNIDADE INTERNACIONAL Ao
fazer referência “aos refugiados que querem retornar ao país” de origem, o Papa exortou: > “Dirijo um apelo à comunidade internacional para que faça todos > os esforços para facilitar
esse retorno, garantindo as condições > de segurança e as condições econômicas necessárias para que > isso possa acontecer. Cada gesto, cada esforço nessa direção, é > precioso.” A
ATUAÇÃO DAS ORGANIZAÇÕES CATÓLICAS NA REGIÃO A mensagem em vídeo do Papa foi finalizada com uma reflexão sobre a atuação das organizações católicas empenhadas nos programas de ajuda e
assistência humanitária naquela região. De fato, a rede eclesial como um todo, desde 2014 destinou mais de 1 bilhão de dólares ao atendimento emergencial, chegando a mais de 4 milhões de
beneficiários individuais por ano. Francisco procurou incentivar ainda mais os participantes do encontro que, seguindo “o exemplo do Bom Samaritano, estão trabalhando sem reservas para
acolher, cuidar e acompanhar os migrantes e os deslocados nestas terras, sem distinção de credo”. O Pontífice fez questão de evidenciar que todo esse trabalho é feito conjuntamente, porque
“vocês não estão sozinhos!”, disse o Papa, “toda a Igreja se torna uma só”: > “Como já tive ocasião de dizer muitas vezes, a Igreja não é > uma ONG. A nossa ação caritativa deve ser
inspirada pelo e para o > Evangelho. Essa ajuda deve ser um sinal tangível da caridade de uma > Igreja local que ajuda uma outra Igreja que está sofrendo, através > destes
maravilhosos meios que são as agências católicas de ajuda > humanitária e de desenvolvimento. Uma Igreja que ajuda uma outra > Igreja.”