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A Procuradoria-Geral da Rússia classificou, nesta segunda-feira (19), a ONG Anistia Internacional como uma "organização indesejável" e proibiu suas atividades no país, após
acusá-la de apoiar a Ucrânia. A Rússia proibiu dezenas de organizações internacionais como parte de uma repressão à dissidência e às críticas, que se intensificou desde que Moscou lançou
uma ofensiva militar na Ucrânia em fevereiro de 2022. "A sede da Anistia Internacional em Londres é um centro de preparação de planos russofóbicos em escala global, financiados por
cúmplices do regime de Kiev", disse o procurador-geral russo em um comunicado. A Procuradoria indicou que a ONG "fez todo o possível para intensificar o confronto militar na
região, justificando os crimes dos neonazistas ucranianos, exigindo maior financiamento para eles e apoiando o isolamento político e econômico" da Rússia. A Ucrânia, os países
ocidentais e especialistas independentes rejeitam as alegações da Rússia de que trava uma ofensiva para "desnazificar" a Ucrânia, descartando essas declarações como propaganda
infundada do Kremlin. As autoridades russas estabeleceram uma lista de organizações declaradas "indesejáveis" pela primeira vez em 2015. Este status proíbe a operação de
aproximadamente 223 organizações. Também coloca em risco os cidadãos russos que trabalham, financiam ou colaboram com essas associações, pois podem estar sujeitos a multas e a duras penas de
prisão. Em seu site, a Anistia Internacional descreve a ofensiva militar da Rússia na Ucrânia como uma "guerra de agressão". Além disso, a ONG denuncia que na Rússia "os
direitos à liberdade de expressão, reunião pacífica e associação são severamente restringidos" e afirma que há "perseguição arbitrária" de grupos religiosos e organizações
LGBTQIA+, entre outros. bur/yad/an/zm-an/avl/aa/jc