Executivo da camargo corrêa é solto após stf homologar delação premiada

Executivo da camargo corrêa é solto após stf homologar delação premiada

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O vice-presidente da Camargo Corrêa, EDUARDO LEITE, foi solto na tarde desta terça-feira após o ministro do Supremo Tribunal Federal STF), TEORI ZAVASCKI, homologar o acordo de delação


premiada com o MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL (MPF). De acordo com seus advogados, ele já está sua residência em SÃO PAULO. Ele vai ficar no mínimo um ano em prisão domiciliar, sob


monitoramento, usando uma tornozeleira eletrônica. O acordo prevê que Eduardo Leite pode até sair de casa, mas num raio máximo de 50 metros. Ele terá de comparecer a todos os atos


processuais para depor, sempre que intimado. O advogado Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, que defende Eduardo Leite, disse que o empreiteiro “está muito abatido”. Experiente criminalista,


Mariz de Oliveira é contra a delação premiada. “Não sou a favor da delação, mas entendo que ela era a única saída para a liberdade (de Eduardo Leite). Não me refiro especificamente às ordens


de prisão decretadas pelo juiz Sérgio Moro (que conduz as ações da Lava Jato). Mas a delação poderá se tornar porta de entrada e porta de saída das prisões”, alerta Mariz de Oliveira.


“Prende-se para delatar e delata-se para sair da cadeia.” Veja também O executivo estava preso em Curitiba desde novembro do ano passado, quando foi deflagrada a 7ª FASE DA OPERAÇÃO LAVA


JATO. Ele é réu em uma ação penal em curso na JUSTIÇA FEDERAL DE CURITIBA que denuncia irregularidades na PETROBRAS. Leite é acusado pelo MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL de intermediar contatos e


liberar pagamentos de propina para agen tes públicos. Os primeiros resultados da delação de Leite já estão abertos. O executivo declarou à força tarefa da Operação Lava Jato que o


tesoureiro do PT JOÃO VACCARI NETO pediu, em 2010, R$ 10 milhões a título de propina devida à Diretoria de Serviços, controlada pelo na época pelo ex-diretor de Serviços RENATO DUQUE.


Avancini DALTON AVANCINI, diretor-presidente da Camargo Corrêa, que também assinou acordo, deve ser solto até o fim da semana. No início de março, Avancini disse que a empresa pagou cerca de


R$ 100 milhões em propina para obter contratos de obras na usina de BELO MONTE. Segundo Avancini, o valor foi dividido entre PT E PMDB, com cada um dos partidos abocanhando 1% do valor dos


contratos. A informação, segundo fontes ligadas à negociação da empreiteira com o Ministério Público Federal de Curitiba, foi fundamental para fechar a delação premiada de Avancini. O


executivo contou detalhes do esquema que funcionava em Belo Monte, e, só a partir daí, os procuradores aceitaram fazer acordo com o empresário.