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Além da condenação do ex-ministro JOSÉ DIRCEU, a participação no julgamento do ministro JOSÉ ANTONIO DIAS TOFFOLI deverá ser o destaque da sessão desta terça-feira (9) no Supremo Tribunal
Federal (STF). Ex-subchefe de Assuntos da Casa Civil da Presidência na gestão de Dirceu, Toffoli deve votar a favor do petista, conforme expectativas de ministros do Supremo e de advogados.
Se confirmado esse posicionamento de Toffoli, ele deverá se juntar ao revisor do processo, RICARDO LEWANDOWSKI, que votou contra a punição do ex-ministro da Casa Civil. Conforme Lewandowski,
não existem provas contra o petista, apenas ilações. Toffoli está no STF desde outubro de 2009. Ele foi nomeado para o cargo pelo então presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva,
de quem foi advogado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) durante a campanha eleitoral vitoriosa de 2002. Com a ida de Lula para o Palácio do Planalto, Toffoli foi para a Casa Civil e em
seguida assumiu a Advocacia-Geral da União (AGU). No Supremo há ainda quem acredite que nesta terça-feira Toffoli poderá surpreender e não votar em relação às acusações imputadas a José
Dirceu. A participação do ministro no julgamento também foi contestada pelo fato de ele namorar a advogada Roberta Rangel, que defendeu o ex-deputado federal Professor Luizinho. Atualmente,
Roberta não trabalha mais no caso. Por causa desse passado no governo Lula e da proximidade com a ex-advogada de Luizinho, nos últimos meses Toffoli foi pressionado a não participar do
julgamento do mensalão. No entanto, iniciado o julgamento, ele votou em relação a acusações imputadas aos núcleos financeiro, publicitário e político. Veja também